terça-feira, 11 de junho de 2013

"O RATO DO CAMPO E O RATO DA CIDADE"

Recontado por Ruth Rocha
Ilustrações Rogério Coelho
Ed Salamandra


Então vamos seguir a semana com Ruth Rocha, e seu delicioso jeito de escrever e recontar historinhas.
Esse livro também era da coleção "Lê Pra Mim" da FTD e foi lançado agora pela Salamandra em uma nova coleção "Ruth Rocha Reconta", mas a história é a mesma!

O livro começa mostrando como são os hábitos de uma familia de ratos que moram na fazenda, perto de um celeiro, cheinho de grãos, de maneira que tinham o que comer.

E um dia chegou Jôni Raturbano, um primo da cidade que veio para passar uns dias. Jôni era um ratinho grã-fino que não parava de falar de todas as maravilhas da cidade e de todas as coisas deliciosas que lá havia para comer todos os dias.

Depois de passados alguns dias, chegou a hora do Jôni ir embora e então ele convidou um dos primos para ir com ele. João Ratão (o rato pai) ficou com medo de deixar um de seus filhotes partir, mas depois pensou e achou quer era bom Rateco ir com o primo: ele já era grandinho e seria bom ele começar a conhecer as maravihas do mundo.

Rateco foi com o primo. Logo que chegaram a casa do primo grã-fino, o rato do campo ficou maravilhado com a casa linda, com os tapetes, cortinas de seda e luzes tão brilhantes que ardiam na vista. E no centro da sala, uma mesa enorme, com uma toalha bordada e muita comida. Rateco quase desmaiou de tanta emoção.


Rateco quis logo subir na mesa para comer, mas o primo o agarou pelo rabo e explicou que eles só poderiam comer depois que as gentes comessem. O rato do campo então preocupou-se: "Mas e se acabar tudo?" Então o primo da cidade explicou que não havia perigo, e então eles esperaram: as gentes foram se chegando, sentando em volta da mesa, e foram comendo todas aquelas coisas deliciosas, depois de um tempo enorme as possoas foram se levantando e se despedindo, depois foram embora.

Quando a sala ficou vazia e silenciosa, Jôni avisou que estava na hora. Mas recomendou que o primo tivesse cuidado com um gato que vive louco para pegar ratinhos e com uma gente com uma vassoura, doidinhas para bater em ratos! E que tomasse cuidado para não derramar nada, que era para ninguém desconfiar que na casa tinham ratos.

E pouco depois que os dois subiram na mesa, as luzes se acenderam e entrou na sala uma pessoa com o gato no colo. E eles sairam em disparada para se esconder no buraco. Depois de novo subiram na mesa, e de novo alguém chegou na sala... e toda vez em que eles chegavam junto da comida, aprecia uma pessoa, um gato, ouvia-se um barulhão de camião, de motocicleta e eles tinham que se esconder bem depressa.

De madrugada Rateco já estava muito cansado: "As comidas aqui são boas, mas qui a gente morre cedo, do coração..." E então Rateco foi arrumar a malinha e voltou para o campo: "Lá a vida não é chique, mas eu vivo muito mais feliz!"

Nunca mais Rateco quis voltar a cidade, mas Jôni todos os anos vai passar férias no campo, quem sabe se não é para descansar de tanta felicidade da cidade!

Uma historinha gostosa, que mostra que mesmo tendo uma vida simples, se ela for tranquila, podemos ser felizes.

Com 32 páginas, encontrei o livro (pesquisa internet) por R$ 33,50 nos sites da Saraiva, Submarino, Americanas, Travessa e Livraria da Folha e por R$ 34,90 no site da Livraria Cultura.









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