Rogério Andrade Barbosa
Ilustrações Mauricio Veneza
Ed Paulinas
Adorei esse livro, são contos lá da África, pesquisados pelo autor e que tem muito haver com nossas histórias tradicionais - nesse livro tem uma versão africana da "Festa no Céu".
Um livro bem ilustrado e colorido.
O primeiro conto é o "Amigos, mas não para sempre" - que conta uma versão divertida da inimizade que existe entre o rato e o gato.
A historia se passa em Uganda, no coração da África. Naquela época o gato e o rato eram amigos, viviam juntos. E plantavam, colhiam e armazenavam os produtos de seu trabalho em pequenos celeiros.
Um dia o rato resolveu que deveriam guardar o leite, como os homens faziam, para a terem o que comer na estação da seca. E então resolveu preparar o ghee , um tipo de manteiga. Depois de pronto os dois amigos resolveram guardar o ghee escondido em uma igreja, no canto da sacristia junto com documentos da igreja.
O rato não conseguia parar de pensar no ghee e um dia planejou uma boa desculpa: disse que uma irmã ia batizar um filho, e ele seria o padrinho. O rato assim que chegou na igreja, foi logo comer o ghee. Antes de sair, ele cobriu a vasilha de barro e guardou-a cuidadosamente no mesmo lugar.
O gato perguntou como tinha sido a festa, e perguntou qual era o nome do filho da irmã do rato.
E ele respondeu: "Quase Cheio", lembrando-se de como havia deixado o pote de ghee.
Convencido que era muito fácil enganar o gato, o roedor voltou novamente a igreja. E quando mais uma vez voltou, com a barriga estufada, disse que o nome do recém-batizado era "Metade". O gato só comentou que a família dele dava nome estranhos aos filhotes.
O rato continuou com suas idas a igreja até que o ghee acabasse. Sempre que voltasse, inventava nomes para os parentes batizados, de acordo com o conteúdo do pote. O último nome, lógico que foi "Vazio".
Então um dia a comida estocada acabou, e o gato chamou o rato para os dois irem juntos a igreja. O rato se desculpou e disse que estava passando mal e não podia acompanha-lo. O gato foi até a igreja sozinho, e quando abriu o pote de barro, descobriu que o mesmo estava vazio.
Quando o gato chegou em casa e ia dar a má noticia ao amigo rato, descobriu que o rato tinha feito a
trouxa e desaparecido na floresta. Então o gato entendeu que era o rato o traidor, e entendeu todos aqueles nomes esquisitos dos batizados: Quase Cheio, Metade, Um Pouco, Pouquinho e Vazio!!!
E desde esse dia o gato vive a procura do rato, mas sempre que o roedor ouve o miado do gato, foge correndo para sua toca.
E o segundo conto é: "O Jabuti de Asas" - essa é uma versão africana para a nossa história da "Festa no Céu".
O jabuti soube que ia ter uma grande festa para as aves que viviam voando entre os galhos da floresta.
"Eu também quero ir" disse o jabuti
"Mas a festa vai ser no céu. Como é que você vai chegar lá?" quis saber o papagaio.
E então o jabuti fez uma cara tão triste, que os pássaros ficaram com pena dele e resolveram ajudar.
Então a passarinhada amarrou nas patas do jabuti penas e disseram: agora você pode voar.
E explicaram que na festa, cada um tinha um nome diferente, perguntaram qual seria o dele e então o Jabuti respondeu: Pra Todos.
Na manhã seguinte os convidados partiram para a festança.
A viagem levou mais tempo que pensavam, pois o jabuti não sabia voar direito e atrasou todo mundo!
Quando alcançaram o céu, a festa já tinha começado. Uma mesa enorme de café da manhã aguardava há muito tempo.
E como de costume a passarada perguntou: "Para quem a comida vai ser servida primeiro?"
E a águia, dona da festa respondeu: "Pra Todos".
"Então é para mim!" disse o jabuti avançando para cima das guloseimas, enquanto os pássaros observavam sem poder fazer nada.
Na hora do almoço e na hora do jantar aconteceu a mesma coisa: a passarada perguntava, a águia respondia "Pra Todos" e o jabuti comia tudo sozinho!
Então o bando de aves esfomeadas resolveram ir embora, mas primeiro exigiram que o jabuti devolvesse todas as penas de cada um. E ele teve que entregar tudo.
Antes que os pássaros voassem de volta à floresta, o jabuti pediu que os pássaros passassem na casa de sua mãe e pedissem a ela que colocasse um monte de capim em frente a porta da casa, para que ele não se machucasse, quando pulasse do céu.
Os pássaros zangados, deram o recado errado para a mãe do jabuti: e no lugar do monte de capim, ela colocou na frente da casa um monte de pedras bem grandes. E o jabuti se esborrachou nos pedregulhos... por sorte não morreu! E a mãe dele teve um trabalho danado para remendar seu casco.
Por causa do tombo, os descendentes do jabuti passaram a andar muito devagar e carregam a couraça rachada até hoje!
Um livro muito legal, com historias de temas conhecidos desde tempos antigos!
Com 24 páginas, encontrei (pesquisa internet) para comprar por R$ 21,90 no site da Ed Paulinas: www.paulinas.org.br.
adorei a historia muito interessante e explicativo amei d vdd
ResponderExcluiramei essa historia . eu vi no livro e decidi procurar na internet
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