sexta-feira, 22 de julho de 2016

"NO BAÚ DA MEMÓRIA - REVIRANDO A HISTÓRIA"

Luzia de Maria
Ilustrações Cláudio Martins
Ed. FTD

Um livro divertido, bem colorido e  gostoso de ler.

O livro conta a história de Samile, uma menina que era sempre "do contra" - quando a família dela estava tomando café da manhã, ela nem queria acordar; quando todos estavam almoçando, ela queria tomar café da manhã...

Ela era devoradora de livros, mas nunca ficava satisfeita com o final das histórias, e adorava virar a história do avesso. Na história da Chapeuzinho Vermelho, ela queria um lobo bonzinho... e não gostava de ver as bruxas transformando mocinhas em princesas e príncipes em sapos, sempre questionava o comportamento desses príncipes e princesas.

Um dia Samile começou a ler a história de Branca de Neve, e de repente, entrou na história.
Começou a se intrometer na conversa da Madrasta com o Espelho Mágico, acompanhou quando Branca de Neve foi levada para a floresta, tentou fazer amizade com a chorosa Branca de Neve.

Samile ia acompanhando as cenas dos livros, e interferindo sempre que discordava de algum acontecimento.

E depois que trocou a maçã envenenada, bagunçou de vez com a história... Branca de Neve não caiu em sono profundo, e por isso o príncipe não a encontrou e os anões começaram a se cansar da companhia daquela princesa, e a história parecia que nunca mais teria fim.

Bom... como Samile vai resolver essa bagunça, eu não vou contar aqui, para não estragar a surpresa.
O livro acaba estimulando a imaginação dos pequenos leitores, que vão descobrir que podem imaginar um final diferente para qualquer outra história.



segunda-feira, 18 de julho de 2016

"MARIA DO CORAÇÃO QUE RI"

Cláudia Bisol
Ilustrações Vitor Hugo
Ed. Larousse Júnior

Um livro muito colorido e bem ilustrado, fácil de ler.

O livro conta a história de Maria, uma menina que tem um coração que ri: às vezes ri alto, outras vezes ri sem querer e às vezes ele dá gargalhadas.

O coração de Maria ri quando menos se espera...é que Maria gosta de observar as pessoas e está sempre de bom humor, ela sempre acha alguma coisa engraçada acontecendo para  o risonho coração da menina.

Outro dia o coração da Maria deu uma gargalhada dentro de um ônibus lotado, e logo as outras bocas não aguentaram e riram também.

Maria pensou "se meu coração ri, os outros corações devem rir também, e resolveu procurar um coração que também risse.

Maria procurou em muitos lugares, entre muitas pessoas, a menina até encontrou bocas que riam...mas nenhum coração que ria.

Viu olhos chorando de tristeza, bocas sorrindo, pessoas sérias, encontrou pensamentos pensando na cabeça, cheiro para o nariz, barulho para os ouvidos.

Descobriu que os corações dos outros batiam com calma, rápido de nervoso ou alegria... mas que ria, Maria não encontrou.

Procurou em livros, e no meio dos livros encontrou um poema de Olavo Bilac, que dizia que só quem ama é capaz de ouvir e entender as estrelas, e,  depois que descobriu esse poema, entendeu que, se o poeta tinha ouvido para ler as estrelas, ela também poderia ter um coração que ri.

E, naquele dia, ela riu muito com o coração, com a boca.. com o corpo inteiro.

Uma história leve e gostosa. 

quinta-feira, 14 de julho de 2016

O CãoPanheiro

Marcelo Jucá
Ilustrações Thiago Soares
Ed. Pipoca

Um livro ideal para os pequenos que estão começando a ler - é uma história curta, divertida, muito bem ilustrada e todo escrito em caixa alta.

O autor brinca com o texto, colocando "cão" em algumas palavras, como já aparece no título.

O livro conta conta a história de um cão, e seu dono enumera as "qualidades" que acha que ele tem: pode ser varal para secar meias, quando as segura na boca. Pode ser almofada, quando serve de travesseiro para o menino descansar, e serve para refrescar, quando dá lambidas em um dia de calor... bem... através das ilustrações o menino mostra que a realidade é bem diferente.

Também o autor brinca com as possíveis profissões que o cão pode exercer, mas o livro acaba mostrando que a realidade é sempre diferente...

No fim, o menino faz uma "cãofissão" - que na verdade gosta que seu cão-faz-tudo é melhor quando é um cão mesmo.

Um livro leve, gostoso de ler e com ilustrações divertidas.

sexta-feira, 8 de julho de 2016

"ERA UMA VEZ.... UMA BRUXA!"

Carla Chaubet
Ilustrações Marcella Briotto
Ed. Pipoca

Um livro bem ilustrado, com uma história muito divertida. 
O texto é um pouquinho grande, mas garanto boas risadas.

O livro conta a história de uma bruxa que naquele dia vai até a "Agência de Orientação às Criaturas Mágicas" para saber em que história iria morar. Ela estava animadíssima, havia se preparado anos para aquele momento.

Ela foi a primeira a chegar, e logo foi chamada por um duende, que checou o que era possível conseguir para aquela bruxa. 

A casa de doces  estava vazia, desde o dia que Maria havia jogado a outra bruxa no forno, mas a bruxa não gostou muito - acabaria comendo toda a casa de doces...
Tinha também um castelo, com vizinhos barulhentos, mas muito confortável. Para morar naquele castelo a bruxa só precisava saber se transformar em um dragão, e isso ela sabia!

Quando a bruxa perguntou o que iria acontecer em sua história, o duende disse que nada...
Não havia mais contos de fadas, todas as histórias já haviam sido contadas. 
A bruxa ficou arrasada, e o duende para consolar disse que ela poderia contar com o acaso... quem sabe por lá não aparecesse uma princesa?

A bruxa aceitou o castelo, depois de meses estava exatamente como ela queria, e então ela pode sentar para reler seus livros... 

Um dia por lá apareceu uma princesa, chorando, perdida. A bruxa deixou que ela ficasse morando no castelo, mas a convivência das duas não foi fácil - o quarto da princesa era muito rosa... e ela começou a modificar a decoração, e quando descobriu um caldeirão disse que as duas precisavam sair correndo que ali tinha uma bruxa. Nossa bruxa, sem paciência, mandou a princesa embora.

Outro dia acordou com um estrondo no seu portão... era um cavalheiro que queria salvar uma princesa prisioneira... ele ficou sem entender nada quando a bruxa disse que a bruxa disse que a princesa tinha ido embora... e ele, a bruxa também colocou para correr.

E quando teve barulho dos vizinhos, a bruxa mandou uma carta pedindo que diminuíssem o barulho... foi o que bastou para os aldeões irem até seu castelo, querendo queimar tudo. Nessa hora a bruxa se transforma em dragão e expulsa todos eles.

Tudo estava novamente sossegado... mas depois  de alguns dias, alguém bate a sua porta, era uma menininha que foi pedir aquela bruxa para começar sua própria história - "o que acontece do lado de cá, as pessoas leem do lado de lá".

Depois de pensar no que a menina disse, a bruxa se sentiu leve, e resolveu voltar a Agência de Orientação às Criaturas Mágicas, afinal, quem precisava receber uma história pronta quando era possível criar a sua própria história.

Um livro com muitas mensagens legais.
Encontrei disponível nos sites da Livraria Saraiva e Livraria Cultura por R$ 18,50.

terça-feira, 5 de julho de 2016

"O CABELO DE CORA"

Ana Zarco Câmara
Ilustrações Taline Schubach
Ed. Pallas

Outro dia vi uma reportagem sobre uma professora que mandou um bilhete para a casa de um dos seus alunos, pedindo a mãe que cuidasse do cabelo da criança... a criança era negra e tinha cabelo crespo...
Fiquei indignada com a história, e como gosto de buscar ajuda e bons exemplos nos livros hoje a dica de  historinha vai especialmente para aquela "tia", desejando que a cada dia o respeito pelo outro aumente e que cenas como essas não mais aconteçam.

O livro tem lindas ilustrações, é todo rimado, fácil e gostoso de ler.

Conta a história de Cora e seu cabelo, lá no começo do livro Cora aparece um pouco triste e intrigada - na escola uma amiga - a Miriam - disse a Cora que ela deveria usar uma fita no cabelo, que o cabelo de Cora era cheio e enrolado, e por isso, quando solto, ficava feio e desarrumado.

Miriam ainda ensinou como Cora deveria cuidar do cabelo: "lavar com água fria, pentear até ele ficar bem liso e prender o cabelo com uma fita. A amiga ainda diz que só falou aquilo por que o cabelo de Cora "era ruim", mas ela era boazinha.

Cora resolve ir conversar com sua tia Vilma, então a tia ensina que cabelo bom não é cabelo liso, e que todos nós somos como flores - cada um com sua cor, cada um de um jeito, o que falta em um no outro está presente.

Também mostra para Cora uma foto da avó Ana, uma africana com orgulho, de cabelo bom, resistente e de um castanho reluzente. 

Depois da conversa Cora foi se olhar no espelho, e no reflexo viu a imagem da amiga Miriam, que viu a bobagem que tinha dito, e foi lá para se desculpar.

Cora conta para a amiga da conversa com a tia e ensina que melhor do que o cabelo preso com uma fita, é o cabelo solto, arrumado com capricho. E agora a Miriam sabe que o cabelo da Cora faz parte da sua beleza.

"CADA UM TEM UMA COR, 
 CADA UM TEM UM CABELO,
 MAS SEJA COMO FOR, NÃO EXISTE MODELO".

Encontrei o livro (pesquisa internet) disponível no site das livrarias Travessa (R$ 30,34), no site da Livraria Cia dos Livros (R$ 31,45) e no site da Livraria Saraiva (R$ 37,00).